É com o mais profundo pesar que não posso estar presente nesta VIII edição do Festival de Tunas Cidade de Viana do Castelo, por motivo de um compromisso, absolutamente inadiável, de natureza profissional, tanto mais que teria a honrosa tarefa de representar o meu irmão, Abílio, vosso Tuno Honorário, nesta vossa festa maior.
Eu sei o imenso carinho que Ele tinha pela Hinoportuna, o entusiasmo com que tantas vezes me falou da vossa Tuna e a alegria que lhe dei quando há três anos aceitei o seu convite para assistir, julgo que à 6ª edição deste vosso Festival.
Tenho, porém, a firme convicção – direi até que uma íntima e absoluta certeza – de que a minha presença seria desnecessária. Porque o Abílio estará aí no Teatro Sá de Miranda, como um de vós, a aplaudir, com aquele seu sincero entusiasmo e imensa alegria, as vossas actuações e das outras Tunas presentes. As suas gargalhadas confundir-se-ão com as de todos os presentes. Pergunto-vos se não sentem a sua presença.
E no fim do espectáculo, Ele sentir-se-á feliz pela Hinoportuna haver vingado e crescido, correspondendo de uma forma total àquilo que Ele pretendia: que Ela viesse a ser um projecto de juventude, generosidade, irreverência, alegria, Arte, Cultura, como também um espelho do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, que Ele ajudou a criar e a que dedicou, com total doação e generosidade, as duas últimas dezenas de anos da sua vida.
Nuno Lima de Carvalho
Nuno Lima de Carvalho
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